Thursday, March 22, 2007

...rompimentos...



A vida é um eterno exercício de rompimentos e mesmo assim não nos acostumamos com eles.

Voluntários ou involuntários eles nos sufocam e nos oprimem.

São pungentes e na maioria das vezes doem muito.

Quando paladinos de nossa vontade, deixam a alma leve, mas reservam, guardado no fundo de nosso íntimo, um fio de incerteza incômoda.

Rompemos o tempo todo com alguma coisa.

Escolher algo é romper com outro algo, porque temos que deixar para trás alguma coisa.

Rompimentos geram inquietações, geram dúvidas, geram confusões.

Dilaceram, despedaçam e violam os nossos sentimentos estabelecendo-se em nossas almas, com ou sem o nosso consentimento.

Rompimento pode ser o fim de uma história, um fim de linha ou ainda, uma elipse de um momento para se parar e pensar.

De qualquer forma, romper é quebrar uma seqüência. É tocar uma nota desafinada de uma melodia.

Ou quem sabe, seja a pausa para o descanso.

Rompimentos são necessários e obrigatórios e sem eles a vida teria um único rumo, uma única direção e seria muito chata e sem emoção. .
Então, vamos caminhando, chorando e sorrindo com os rompimentos contínuos, alimentando a esperança de que esses rompimentos sejam como o romper da aurora, o surgimento de um novo dia, um novo tempo, uma nova oportunidade.

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